sábado, 2 de janeiro de 2010

É melhor mudar para 2099...

Eh lá, Setembro de 2009 foi a data do último post? Eu mereço um Nobel da Paz por vos ter poupado caros leitores por um hiatus desta dimensão, até porque eu seria capaz de matar para o obter.

Mas após tanto tempo para pensar, concerteza deduzirão que irei acrescentar a este ainda jovem blog um post de altíssima qualidade, um post pequeno mas hilariante, curto mas inspirador, diminuto mas capaz de mudar vidas. Infelizmente este não é um blog desses, mas talvez o Manuel Luis Goucha já tenha feito um para cobrir esse departamento. Ele é carismático dessa maneira.
Não, o que estou prestes a fazer (se é que não repararam que já o estou a fazer), é basicamente perder o meu e o vosso tempo, num tema sem interesse, e sem retirar qualquer conclusão. Ora pois então, vamos a isso:




Após mais uma década, de ano em cima de ano, o que é que mudou nas nossas vidas? Praticamente nada. Para além de descobrirmos o que é a Al Quaeda e da invenção de armas de destruição maciça invisíveis, claro.

E isso preocupa-me, pois esta devia de ter sido a década de novas descobertas, de repentinamente mudarmos completamente o nosso estilo de vida, de viajarmos pela galáxia, "to explore strange new worlds, to seek out new life and new civilizations, to boldly go where no man has gone before", mantendo no entanto um cabelo estilo anos 50, ah Shatner, porque me abandonaste.

Caramba, já estamos em 2010 e nada de skates voadores, armas laser, carros voadores e até pantufas planadoras. Nada. Há um vazio enorme por preencher, nem sequer aqueles óculos fantásticos do Star Trek ainda inventámos, enfim, expectativas demasiado altas cairam sobre os nossos ombros e... custa-me a dizê-lo... mas decepcionámos bastante.

O que pensariam de nós os habitantes da Guerra Fria? Talvez que nos preocupámos demasiado em inventar coisas sem interesse como o "Slim Fat Fast" ou o transplante de coração. Porque não inventar coisas que interessem? Coisas voadoras? Coisas que nos teletransportam, cotonetes letais que usamos para lutar com o nosso melhor amigo, aquando da nossa captura por uma rainha alienígena? É tudo demais para mim, que me congelem numa câmara criogénica agora e acordem-me apenas em 2099... ah não, espera lá, nem isso é possível!!! Oh atroz desilusão... só pensámos em coisas inúteis como telemóveis... computadores pessoais... internet...

Mas como chegámos à ilusão que chegando a 2000 poderíamos, se quiséssemos, disparar a Odete Santos de um canhão phaser para desviarmos a rota de um asteróide? Bem... eu acho que a culpa é, sem dúvida, dos Jetsons.


Sim, os Jetsons, assim como os Flinstones tentaram fazer-nos crer que podíamos fazer de um diplodocus uma grua completamente coerente, embora toda a gente saiba que apenas um triceratopo pode ser utilizado como charrua, os Jetson foram instrumentais no que toca a termos a ilusão de que um dia podiamos passear um cão numa passadeira rolante, que poderíamos ter uma empregada robô e que poderíamos ser despedidos todos os dias, voltando ao trabalho no dia seguinte.
Nada disto veio a ser, mas colocou-nos um peso em cima muito grande, é que, na terra da fantasia, tudo voava, até os edifícios, como poderemos alcançar tal feito, mas já imaginaram como seria urinar na via pública assim?


GLORIOSO.


Mas não, para já teremos de nos contentar com molhar a calçada e afogar umas quantas formigas, penso que está na altura de nos libertarmos destes grilhões do presente que nos limitam o futuro no passado e começarmos a pensar como um filme de série B dos anos 70... e pode ser que um dia, sim, talvez um dia possamos todos conhecer uma mulher intergaláctica chamada Barbarella que não consegue perder pelo menos uma peça de roupa por dia.

Sonhos vãos? Vamos fazer todo o possível para que assim não seja, avante para o ano 2099!

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